domingo, 30 de agosto de 2009



Ninguém me venha dar vida,
que estou morrendo de amor,
que estou feliz de morrer,
que não tenho mal nem dor,
que estou de sonho ferida,
que não me quero curar,
que estou deixando de ser
e não me quero encontrar,
que estou dentro de um navio
que sei que vai naufragar,
já não falo e ainda sorrio,
porque está perto de mim
o dono verde do mar
que busquei desde o começo,
e estava apenas no fim.

Autora: Cecília Meireles

3 comentários:

Anônimo disse...

todas vez eu repito a mesma coisa, adoro as coisas que você escreve,por que da pra perceber que são do fundo do coração, não é uma coisa falsa, é verdadeiro...
Continue assim..

beijos

cuide-se!

valentina pereira disse...

"Ninguém me venha dar vida,
que estou morrendo de amor,
que estou feliz de morrer (...)"

Li também alguns registos mais antigos e adorei. Vou passar mais vezes :)

Ipnauj disse...

El amor es una dulce paradoja.

Un gran saludo.